Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo
Donald Trump prometeu claramente “drenar o pântano” em Washington. Ele jamais escondeu sua agenda. Apontou Kash Patel para o FBI, o autor do livro “Os gângsters do governo”, para deixar bem clara a sua intenção. Chamou Elon Musk para liderar o novo departamento de desburocratização, que faria auditoria em inúmeras entidades governamentais.
Era uma guerra declarada ao Deep State, ao estamento burocrático que tomou conta do estado nas últimas décadas, implantando uma casta de tecnocratas sem voto no poder. Claro que haveria reação: quantas pessoas dependem desses recursos, cargos e esquemas bilionários? O que é um ataque à burocracia seria chamado de ataque à democracia pelos cúmplices dos esquemas. Mas o povo votou em Trump para isso mesmo.
E o que está vindo à tona é assustador. O caso da USAID ilustra bem a rede gigantesca que foi montada para financiar o aparato democrata e seus vassalos da velha imprensa. Se você está tentando jogar luz sobre gastos públicos, trazê-los à transparência, quem está gritando ensandecido para impedi-lo está basicamente confessando o crime: como ousam fazer auditoria em nossas mamatas?
A mídia, com os cofres muito bem irrigados por essa montanha de dinheiro dos pagadores de impostos americanos, tenta impor uma narrativa patética: um bilionário insensível está desmontando um importante mecanismo de ajuda humanitária. O homem mais rico do mundo não quer ajudar criancinhas pobres africanas! Alguém vai cair nessa ladainha?
Curiosamente, George Soros nunca é chamado de especulador bilionário por essa patota. O motivo é claro: ele financiava seus bolsos. Agora ficamos sabendo que, na verdade, nem era dinheiro dele, mas do pagador de impostos! A USAID fez chegar quase trezentos milhões de dólares aos cofres de ONGs ligadas ao bilionário húngaro, que transferia essa grana para companheiros radicais de esquerda.
É essa cadeia da felicidade socialista que vem sendo desmantelada, e virou o assunto principal das redes sociais e aqui nos Estados Unidos. Mas eis o ponto: se um brasileiro quiser se informar sobre o assunto por nossa velha imprensa, lascou! Nos principais veículos de comunicação ele vai encontrar somente uma ou outra menção en passant, e sempre dando a entender que os bilionários insensíveis estão fechando ajudas humanitárias. É como se os escândalos de gastos bizarros ainda nem tivessem vindo à tona!
Trump e Musk estão promovendo uma verdadeira revolução na coisa pública, um choque de gestão e transparência, uma abordagem disruptiva que promete chacoalhar as estruturas de financiamento da nomenklatura globalista. Mas, no Brasil, aquele que liga na Globo ou na CNN jamais tomaria conhecimento do que está em jogo aqui. A alienação é voluntária, pois a narrativa precisa vencer a realidade. Os militantes disfarçados de jornalistas estão expostos em praça pública, desnudados pelo excesso de dados concretos que a equipe de Musk vem divulgando. São milhões e milhões de motivos para optar por esse ensurdecedor silêncio...
Dom Corleone acordou irritado. Lera no jornal que aquele mesmo jornalista o criticava novamente. O sujeito tinha até criado um apelido depreciativo para Corleone! O capo chamou em seu gabinete um dos capangas e ordenou: “Pega logo esse jornalista!”
Sem saber como fazê-lo, o capanga conversou com seu comparsa: “Quando o chefe cisma... e agora? Não encontrei absolutamente nada contra o jornalista”. Seu colega, que conhecia bem os métodos do chefe, principalmente quando cismado, disse: “Ora, use a criatividade! E capricha no trabalho, para montar uma narrativa comprometedora desse jornalista”.
Mas não adiantou. O jornalista tinha coragem e “costas quentes”. Ele conseguiu asilo num país sério, e se Corleone mandasse seus jagunços para pegá-lo na marra, poderia gerar um incidente diplomático internacional e afetar seus negócios.
Não que Corleone ligasse tanto para isso. Certa vez, ele peitou até o rei da Espanha! E sobre o presidente americano, ele disse, com ...
Morreu neste domingo o escritor peruano Mario Vargas Llosa, merecido Prêmio Nobel de Literatura. Li no total quatorze livros dele, entre ficção e ensaios políticos, e mais um de seu filho Alvaro. Ambos defenderam a visão liberal clássica num continente tomado pelo esquerdismo radical. Mario foi duro crítico da turma de Fidel Castro e seus discípulos, como Lula no Brasil. Vargas Llosa chegou a dizer que Lula era “fonte de corrupção”, afirmou que jamais votaria no petista e que preferia Bolsonaro. Para a elite socialista, um pecado capital.
Em meu livro “Liberal com Orgulho”, cheguei a escolher um trecho de Vargas Llosa como epígrafe, pois captura bem a postura humilde liberal: “Devemos buscar a perfeição na criação, na vocação, no amor, no prazer. Mas tudo isso no campo individual. No coletivo, não devemos tentar trazer a felicidade para toda a sociedade. O paraíso não é igual para todos”. Vargas Llosa foi, acima de tudo, contra o coletivismo utópico e ...