Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo
A coisa está escalando rápido demais. Os golpistas supremos compraram uma briga que não podem vencer, não sem transformar de vez o Brasil numa Venezuela, sem qualquer verniz ou aparência de democracia. A Casa Branca e o Congresso americano estão de olho e apontando para claros abusos, para medidas ilegais do STF brasileiro que atentaram contra a soberania americana, sem falar do abuso aos direitos dos próprios brasileiros. Não vai ser discursinho de colonialismo que vai salvar nossos ministros.
Aliás, como apontou Paulo Figueiredo, os novos "defensores da nossa soberania" estavam até um mês atrás agindo em conluio com o governo Biden para implementar uma agenda de censura global e não tiveram nenhum pudor em aceitar dinheiro e se conveniar com a USAID e ONGs internacionais bancadas por George Soros. Agora, basta citar o bilionário Elon Musk para bancar a vítima do “imperialismo ianque”. Patético!
Estou achando essas notinhas em redes sociais dos ministros supremos uma covardia vergonhosa! Fica até parecendo latido de Poodle protegido pela madame do Rottweiler à espreita. Cadê um cabra realmente corajoso nesse regime lulista para declarar guerra ao império estadunidense ianque fascista nazista do homem laranja?! Não tem cabra macho nessa bagaça?! Danones, imitador de focas, ninguém?!
Brincadeiras à parte, posso imaginar uma reunião secreta entre banqueiros, donos de emissoras, industriais parrudos e empreiteiros corruptos, enfim, os tais donos do poder, para avaliar como reverter esse quadro criado por Alexandre de Moraes e seus cúmplices. Até onde vão aguentar o custo de peitar Trump? Vão deixar mesmo o Brasil virar Venezuela?
Pois o que vai ficando cada vez mais claro é que a retaliação não ficará limitada à perda de um visto de “turismo” de um ou outro ministro. O complexo de vira-latas costuma falar mais alto nessa hora, e o Itamaraty, sob influência do próprio Alexandre de Moraes, soltou nota sem noção que gerou perplexidade aos diplomatas americanos. Cada vez mais congressista americano fala do Magnitsky Act, que é uma “bomba atômica” lançada na pessoa física, que vira um pária global. Sanções ao país não estão descartadas. A coisa pode sair de controle bem rápido.
Os ricos e poderosos do Brasil vão mesmo tolerar esse fechamento dentro do “eixo do mal”, vendo o Brasil se tornar “leproso” perante o mundo livre? Vão usufruir de suas fortunas em Caracas e Havanas, ou talvez em Carolina, no Maranhã, abrindo mão de Nova York e Miami? Vão manter seus recursos em bancos de Angola ou na Rússia, saindo fora do sistema Swift? Nada disso pode ser descartado nesse momento.
Talvez tenha passado da hora de esses donos do poder acionarem seus despachantes do centrão fisiológico para finalmente reagir aos abusos supremos, que até aqui serviram para “derrotar o bolsonarismo” e “recolocar o ladrão à cena do crime”, para o “amor vencer” e o “Brasil voltar”. Mas não foi uma volta à normalidade de antes, sim um retrocesso perigoso que pode jogar nossa nação no abismo de vez.
Como a elite brasileira permitiu que o Brasil virasse eixo do mal?
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