Dom Corleone acordou irritado. Lera no jornal que aquele mesmo jornalista o criticava novamente. O sujeito tinha até criado um apelido depreciativo para Corleone! O capo chamou em seu gabinete um dos capangas e ordenou: “Pega logo esse jornalista!”
Sem saber como fazê-lo, o capanga conversou com seu comparsa: “Quando o chefe cisma... e agora? Não encontrei absolutamente nada contra o jornalista”. Seu colega, que conhecia bem os métodos do chefe, principalmente quando cismado, disse: “Ora, use a criatividade! E capricha no trabalho, para montar uma narrativa comprometedora desse jornalista”.
Mas não adiantou. O jornalista tinha coragem e “costas quentes”. Ele conseguiu asilo num país sério, e se Corleone mandasse seus jagunços para pegá-lo na marra, poderia gerar um incidente diplomático internacional e afetar seus negócios.
Não que Corleone ligasse tanto para isso. Certa vez, ele peitou até o rei da Espanha! E sobre o presidente americano, ele disse, com ...
Morreu neste domingo o escritor peruano Mario Vargas Llosa, merecido Prêmio Nobel de Literatura. Li no total quatorze livros dele, entre ficção e ensaios políticos, e mais um de seu filho Alvaro. Ambos defenderam a visão liberal clássica num continente tomado pelo esquerdismo radical. Mario foi duro crítico da turma de Fidel Castro e seus discípulos, como Lula no Brasil. Vargas Llosa chegou a dizer que Lula era “fonte de corrupção”, afirmou que jamais votaria no petista e que preferia Bolsonaro. Para a elite socialista, um pecado capital.
Em meu livro “Liberal com Orgulho”, cheguei a escolher um trecho de Vargas Llosa como epígrafe, pois captura bem a postura humilde liberal: “Devemos buscar a perfeição na criação, na vocação, no amor, no prazer. Mas tudo isso no campo individual. No coletivo, não devemos tentar trazer a felicidade para toda a sociedade. O paraíso não é igual para todos”. Vargas Llosa foi, acima de tudo, contra o coletivismo utópico e ...
Em ciências humanas, não temos laboratórios controlados como nas ciências naturais. O mais perto que chegamos disso é quando um mesmo povo numa mesma geografia e com a mesma cultura é dividido de forma arbitrária. Aí temos um bom experimento social, como quando o Vietnã, a Alemanha ou a Coreia foram partidos ao meio. Ficou claro o sucesso relativo do capitalismo frente ao socialismo.
O mesmo pode se dizer sobre manifestações contra a favor da anistia aos presos políticos do Brasil de hoje. O contraste é grande demais para ser ignorado. Foram dois protestos bem próximos no tempo. A esquerda convocou aqueles que gritam “Anistia nunca”, os mesmos que defendem o socialismo fracassado e que, no passado, foram anistiados por crimes verdadeiros. Boulos era o líder, e foi uma manifestação bastante vazia.
A direita, sob a liderança de Jair Bolsonaro, fez a sua manifestação pela anistia dias depois, no mesmo local. A Av. Paulista estava lotada, com muito mais gente. A turma de...