Rodrigo Constantino
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Isso é coisa de máfia!

Isso é coisa de máfia!

Rodrigo Constantino

Chegamos num patamar em que “várzea” já não é capaz de definir mais nossa situação. A imprensa trata com naturalidade uma evidente ameaça proferida pelo ministro Alexandre de Moraes contra o presidente de um dos maiores partidos do país. “A nova arma de Moraes para pressionar Kassab contra a anistia do 8/1”, diz a chamada. A arma? “Em meio a debate sobre anistia, ministro Alexandre de Moraes mandou investigação contra Gilberto Kassab da 1ª instância para o STF”.

Em outra “reportagem”, consta que o Planalto “aposta que pressão do STF em Kassab surtirá efeito”. A explicação é clara: “Para auxiliares de Lula no Planalto, presidente do PSD, Gilberto Kassab, não vai querer comprar briga com o STF por causa do PL da Anistia”. A politização da Corte Suprema já é tratada com a maior normalidade na mídia. O STF virou o mais poderoso partido político do Brasil.

E caso tudo isso dê errado, caso Kassab entenda que é melhor reagir enquanto há tempo e usar seus 15 senadores para avançar com o projeto da Anistia, dando um recado sobre os limites de poder supremo, os porta-vozes do STF já adiantaram, como bons garotos de recado que são, que os ministros pretendem barrar o projeto. Ou seja, antes mesmo de um projeto de lei ser votado pelo Legislativo, já há o “alerta” pela imprensa de que isso seria obstruído pelo STF. Tudo normal, gente!

Jair Bolsonaro subiu o tom contra tanto absurdo: “Há quem diga que vivemos em uma democracia, mas, todos os dias, a imprensa fala abertamente sobre o uso da justiça por Moraes como arma política, de intimidação, como instrumento de ‘pressão’ capaz de surtir efeito para intimidar o presidente de um partido. Isso não é normal a não ser em ditaduras. Qualquer pessoa que silencia sobre isso é conivente com a destruição da segurança jurídica do Brasil, algo que vem causando prejuízos econômicos, diplomáticos e humanos cada vez maiores e mais devastadores para o nosso povo e para o nosso país”.

Impossível discordar. Mas é legítimo fazer como Paulo Figueiredo e cobrar coerência dos bolsonaristas: “Isso vale para o Tarcísio de Freitas que não só se silencia mas bate palma, elogia publicamente, se encontra privadamente e ainda diz que devemos ser GRATOS?” Os ministros indicados por Bolsonaro para o STF também aceitam participar dessa farsa calados, terrivelmente calados, quando não votando para legitimar o puro arbítrio.

Qualquer um que queira representar não só a direita, mas todos os cidadãos de bem que prezam pela liberdade em nosso país, tem a obrigação de se posicionar claramente contra o absurdo que vem sendo praticado diariamente pelo STF. A instituição, infelizmente, passou a agir como uma “máfia”, conforme denunciou com coragem o deputado Marcel van Hattem.

Não há pragmatismo que justifique o silêncio perante algo assim. Morares vem usando seus vassalos da imprensa para intimidar e ameaçar abertamente qualquer “oposição”, deixando escancarada sua postura política e seu abuso de poder. Esse sujeito só será parado se todos com um pingo de coragem saírem da toca, da zona de conforto, vencerem o medo e apontarem o dedo com firmeza para constatar: isso é coisa de máfia!

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Dom Corleone acordou irritado. Lera no jornal que aquele mesmo jornalista o criticava novamente. O sujeito tinha até criado um apelido depreciativo para Corleone! O capo chamou em seu gabinete um dos capangas e ordenou: “Pega logo esse jornalista!”

Sem saber como fazê-lo, o capanga conversou com seu comparsa: “Quando o chefe cisma... e agora? Não encontrei absolutamente nada contra o jornalista”. Seu colega, que conhecia bem os métodos do chefe, principalmente quando cismado, disse: “Ora, use a criatividade! E capricha no trabalho, para montar uma narrativa comprometedora desse jornalista”.

Mas não adiantou. O jornalista tinha coragem e “costas quentes”. Ele conseguiu asilo num país sério, e se Corleone mandasse seus jagunços para pegá-lo na marra, poderia gerar um incidente diplomático internacional e afetar seus negócios. 

Não que Corleone ligasse tanto para isso. Certa vez, ele peitou até o rei da Espanha! E sobre o presidente americano, ele disse, com ...

Adeus, Mario Vargas Llosa!

Morreu neste domingo o escritor peruano Mario Vargas Llosa, merecido Prêmio Nobel de Literatura. Li no total quatorze livros dele, entre ficção e ensaios políticos, e mais um de seu filho Alvaro. Ambos defenderam a visão liberal clássica num continente tomado pelo esquerdismo radical. Mario foi duro crítico da turma de Fidel Castro e seus discípulos, como Lula no Brasil. Vargas Llosa chegou a dizer que Lula era “fonte de corrupção”, afirmou que jamais votaria no petista e que preferia Bolsonaro. Para a elite socialista, um pecado capital.
Em meu livro “Liberal com Orgulho”, cheguei a escolher um trecho de Vargas Llosa como epígrafe, pois captura bem a postura humilde liberal: “Devemos buscar a perfeição na criação, na vocação, no amor, no prazer. Mas tudo isso no campo individual. No coletivo, não devemos tentar trazer a felicidade para toda a sociedade. O paraíso não é igual para todos”. Vargas Llosa foi, acima de tudo, contra o coletivismo utópico e ...

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O recado foi claro: anistia já!

Em ciências humanas, não temos laboratórios controlados como nas ciências naturais. O mais perto que chegamos disso é quando um mesmo povo numa mesma geografia e com a mesma cultura é dividido de forma arbitrária. Aí temos um bom experimento social, como quando o Vietnã, a Alemanha ou a Coreia foram partidos ao meio. Ficou claro o sucesso relativo do capitalismo frente ao socialismo.
O mesmo pode se dizer sobre manifestações contra a favor da anistia aos presos políticos do Brasil de hoje. O contraste é grande demais para ser ignorado. Foram dois protestos bem próximos no tempo. A esquerda convocou aqueles que gritam “Anistia nunca”, os mesmos que defendem o socialismo fracassado e que, no passado, foram anistiados por crimes verdadeiros. Boulos era o líder, e foi uma manifestação bastante vazia.
A direita, sob a liderança de Jair Bolsonaro, fez a sua manifestação pela anistia dias depois, no mesmo local. A Av. Paulista estava lotada, com muito mais gente. A turma de...

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